O significado da sexualidade e da afetividade na perspectiva católica
A Igreja é chamada a ser mãe e mestra para a comunidade humana. Isso significa que ela não só escuta, mas oferece suas propostas, fortificada por sua missão. Uma dessas propostas é a clarificação da antropologia sobre a qual se funda o significado da sexualidade e da afetividade. Sem essa base antropológica, é impossível orientar o homem para a plenitude de sua identidade sexual.
Antropologia cristã: a base para a compreensão da sexualidade e da afetividade
A antropologia cristã tem suas raízes na narração das origens, descritas no Livro do Gênesis, que revela a criação do homem e da mulher à imagem de Deus. Essa imagem divina encontra sua expressão mais completa na dinâmica de reciprocidade entre homem e mulher, sustentada e derivada do Criador.
A compreensão da natureza humana deve levar em conta a unidade da alma e do corpo. Essa totalidade unificada inclui a dimensão vertical da comunhão com Deus e a dimensão horizontal da comunhão interpessoal. A identidade pessoal amadurece no momento em que se abre aos outros, e essa abertura é uma exigência da própria natureza humana.
A importância da dualidade entre masculino e feminino
A dualidade entre masculino e feminino é uma exigência ditada pela criação e é a base para a compreensão da família. Negar essa dualidade é negar a visão da criação e a dignidade particular da prole. A educação para a sexualidade e para a afetividade implica aprender a aceitar o próprio corpo e respeitar seus significados. É necessário ter apreço pelo próprio corpo na sua feminilidade ou masculinidade para enriquecer-se mutuamente no encontro com o outro.
Conclusão
A Igreja, mãe e mestra, oferece a sua proposta antropológica como um guia para a compreensão da sexualidade e da afetividade. Essa proposta é baseada na dualidade entre masculino e feminino, exigência ditada pela criação, e na importância da unidade da alma e do corpo. A compreensão plena da sexualidade e da afetividade é essencial para o amadurecimento da identidade pessoal e para a realização da vocação ao dom de si.
Fonte: “Homem e Mulher os Criou. Para Uma Via de Diálogo Sobre a Questão Gender na Educação” da Congregação para a Educação Católica, publicado em 2019 na Cidade do Vaticano.